Um dia acordou, olhou-se no espelho e percebeu de prontidão que estava mais velho. Ao chegar ao escritório, começou a reparar que as pessoas o olhavam de maneira diferente, tratavam-no com mais cuidado e dirigiam-se a ele em tom mais respeitoso.
Ao entrar no carro, de volta para casa, sentiu-se como um senhor sentado em um carro de frente larga, talvez um Landau ou Opala, com estofamento em imitação de veludo, coberto por um suporte para as costas repleto de bolinhas massageadoras de madeira.
Chegando em casa, viu-se no sofá, de chinelos felpudos, samba-canção e camisa regata, acompanhando os jogos de futebol na televisão enquanto a barriga crescia.
Ainda sem sono, após deitar-se na cama, ajeitando-se para não dar mal jeito na coluna, relembrou os velhos tempos: na juventude, antes de perceber aquela entrada, quando tinha a cabeça cheia de planos, sonhos e fios de cabelo.
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
15 de outubro de 2010
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Um dia ele acordou, lavou o rosto e parou na frente do espelho. As escovas de dente já não estavam mais ali, ao lado da pia, uma virada para...
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nunca fui muito bom em decifrar meias palavras sempre deixava espaços em branco nas palavras cruzadas
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Em algumas noites, a lua fica toda prosa Mas, na maioria, é completamente poesia
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