12 de maio de 2010

Atrofia

Reparava em todos os detalhes do teto. Repentinamente, voltou a atenção para o cronômetro, que marcava pouco mais de dois minutos. Pensou que faltavam mais de dez vezes o tempo interminável que já havia passado - e soltou o ar pelo nariz, angustiado. Continuou, apesar de estar completamente desmotivado - por mais que tentasse, não via muito propósito naquela atividade, ainda mais em ambiente fechado.

Olhou para os lados, tentando distrair-se, mas de nada adiantou. Ao reparar no culto dos espelhistas, foi inevitável a ideia de sair dali o quanto antes e nunca mais voltar. No entanto, naquele momento, xingou-se mentalmente - havia caído novamente na promoção dos três meses adiantados, nunca aprendia.

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