Em meio à multidão, ele olhou para o chão e viu algo brilhante. Com muita dificuldade, abaixou-se e juntou o pequeno objeto do chão. Era um brinco, o tipo de coisa que só se encontra quando não se está procurando.
Deu uma olhada em volta. Não demorou para notar uma garota que olhava para o chão, como se procurasse por algo. Após reparar na garota, espremeu-se entre a multidão, chegou até ela e perguntou:
- Procurando algo?
Ela levantou o rosto e sorriu, ainda que fosse um sorriso um tanto chateado, e respondeu:
- Perdi meu brinco.
Então foi ele que sorriu, abriu a mão esquerda expondo o achado e disse:
- Este aqui?
Ela sorriu. Agora um outro sorriso, inexplicável, imensurável.
Não era o brinco dela. Nem ao menos combinava com a roupa que ela estava usando. Mas os brincos formaram um belo par.
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
30 de outubro de 2007
-
Segue-se o fluxo a correnteza que nivela os vales - por baixo segue-se sem esforço na ilusão de progresso inércia de tolos
-
Um trocadinho só pra molhar a mão é assim que negocia o bandido com o ladrão
-
Metódico, beirando o compulsivo, havia forrado o chão e os móveis daquele cômodo com plástico e jornal. Ingênuo, sem nenhuma prática, não ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário