Cresceu naquele bairro razoavelmente seguro, mas que, como todos os cantos da cidade, com exceção aos longínquos bairros-prisão de segurança máxima, havia tornado-se violento.
- Acredita que entraram na casa da Dona Adélia?
- Não creio...
- Sim, e ela estava lá na hora...
- Meu Deus! Ela está bem?
- Parece que ainda não se recuperou do susto.
- Alguém chamou a polícia?
- O pessoal ficou com medo de ligar. A própria Dona Adélia disse para não ligar porque o bandido podia voltar, mas depois ela viu que uns cheques e documentos haviam sumido e ligou para fazer um BO.
- E a polícia fez o que ?
- O de sempre. Chegaram quase uma hora depois, fizeram algumas perguntas, poucas anotações e foram embora sem deixar muita esperança de recuperar qualquer coisa.
- É um absurdo o que eles fazem. Alguém reclamou disso? Para o delegado, promotor, sei lá...
- Lógico que não! Imagine, mexer com a polícia... está doido?
- Alguém precisa fazer alguma coisa. Esse governo, não dá para aguentar mais.
- É, seria bom se alguém fizesse logo.
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
23 de julho de 2009
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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Tal qual a nata que era como se julgava ela não se misturava Com ares um tanto blasé apenas flutuava, pomposa sentindo-se a dona do lago
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No centro do auditório, a justiça permanece sentada e vendada, enquanto o apresentador aponta para um político corrupto, depois para um ladr...
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