E ela foi até o quartinho dos fundos. Em um canto escuro e empoeirado, encontrou o velho baú.
Levou o baú até a sala e começou a redescobrir tudo que estava ali guardado há anos. Tinha ali um sorriso sincero que já estava até um pouco amarelado pela falta de uso. Havia também uma porção de otimismo infantil, que apesar de serem infantis eram pelo menos dez vezes maiores do que os adultos. Também brincou um pouco com os sonhos, fantasias e ilusões. Encontrou até alguns medos, mas algumas peças tinham sumido com o tempo.
O velho baú rendeu bons momentos. Mas ao final da tarde, ela recolheu tudo do chão, fechou o baú e o colocou de volta no canto escuro e empoeirado. O sorriso, amarelado, acabou ficando esquecido debaixo do tapete.
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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O isqueiro acende a chama Ilumina o olhar Mas fica na vontade Nem ao menos chega perto Do calor da boca
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Saiu de casa cedo, com um caderno velho nas mãos, revisando os últimos detalhes. Na mochila: uma garrafa de água, duas barras de chocolate e...
Um comentário:
A infância perdida no tempo
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