31 de maio de 2007

O baú

E ela foi até o quartinho dos fundos. Em um canto escuro e empoeirado, encontrou o velho baú.

Levou o baú até a sala e começou a redescobrir tudo que estava ali guardado há anos. Tinha ali um sorriso sincero que já estava até um pouco amarelado pela falta de uso. Havia também uma porção de otimismo infantil, que apesar de serem infantis eram pelo menos dez vezes maiores do que os adultos. Também brincou um pouco com os sonhos, fantasias e ilusões. Encontrou até alguns medos, mas algumas peças tinham sumido com o tempo.

O velho baú rendeu bons momentos. Mas ao final da tarde, ela recolheu tudo do chão, fechou o baú e o colocou de volta no canto escuro e empoeirado. O sorriso, amarelado, acabou ficando esquecido debaixo do tapete.

Um comentário:

Fabio Alves disse...

A infância perdida no tempo

Postar um comentário