A saia bordada estava acompanhada por um bustiê tomara que caia, destes que fazia juz ao nome. Tinha a boca encoberta por um véu e uma cruz egípcia estrategicamente tatuada nas costas.
A cada troca de ritmo, trocava também os artefatos. Foram-se véus, espadas e címbalos nas pontas dos dedos. Deleitava-se em movimentos suaves, delicadamente fantasiosos.
Em nenhum momento ela retirou o véu que lhe cobria metade do rosto. Até porque, não precisava, bastavam aqueles olhos, olhos de Hórus.
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
9 de fevereiro de 2008
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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O isqueiro acende a chama Ilumina o olhar Mas fica na vontade Nem ao menos chega perto Do calor da boca
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Saiu de casa cedo, com um caderno velho nas mãos, revisando os últimos detalhes. Na mochila: uma garrafa de água, duas barras de chocolate e...
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