28 de julho de 2015

Comunicado

Informação é matéria bruta: o estado primitivo do conceito. E são variados os processos de formação de conceito: fundição, decantação, destilação, filtragem, lapidação, fusão, fissão, arranjo e combinação, entre tantas outras possibilidades inventadas ou ainda por inventar - cada dia há novos experimentos.

Cada um dos processos, no entanto, depende sempre da intervenção de um sujeito e, em cada um deles, se fazem necessários os devidos cuidados, especialmente em relação à interpretação. Há por aí as mais diversas espécies, cada qual com suas habilidades - específicas ou generalistas, de alquimistas, forjadores, lapidadores, manufatores, artesãos e, também, infelizmente, de falsários.

Como consequência da multiplicidade de processos e de sujeitos, há no mercado de discursos conceitos de diferentes qualidades.

Levando em conta este contexto, e os riscos de ser passado para trás, se faz necessário tornar-se capaz de manusear informações, para que se possa criar os próprios conceitos e, também, para poder avaliar a banca de discursos: a cada conceito que lhe é apresentado, é preciso saber notar qual foi o processo que levou até ele, qual foi o sujeito que o criou, com qual intenção e com que cuidados - para não contaminá-lo. Caso contrário, pode-se acabar adquirindo, por ignorância ou simples descuido, um arremedo rudimentar, uma pérola falaciosa, dessas que não servem nem para peso de papel, muito menos para sair exibindo em público.

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