Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
20 de agosto de 2010
Subexistência
Bem, sabe como é trabalhar na terra por esses dias: a parte que me cabia já estava pra lá de apertada. Eu não dava mais conta de tirar o sustento da família daquele pedaço de terra. Até daria se a minha senhora não fosse tão firme na exigência dos garotos irem à escola todo santo dia, ao invés de ficarem por lá me ajudando. Se não bastasse isso, cada dia tinha uma doença nova na lavoura e, juntinho com ela, aparecia logo um novo "defensivo agrícola", coisa que na minha época a gente chamava de veneno mesmo, mas vai entender esse mundo. Falando nisso, depois que vieram essas doideiras do clima então, aí é que não brotava mais nem capim para dar de comer ao bode. Não tive outra solução, consegui o melhor preço possível na terra - aquele punhadinho de pouca coisa que a gente chamava de casa - e partimos para a capital, mentindo para os meninos que lá havia de ser bem melhor para os estudos e que, logo logo, voltaríamos para a nossa terrinha. E foi mais ou menos isso. Um pouquinho mais, na verdade, porque eu resumi, mas cá estamos e eu, para ser bem sincero, estou um pouco aliviado. Acho que tomei o rumo certo. E você, como está?
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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Tal qual a nata que era como se julgava ela não se misturava Com ares um tanto blasé apenas flutuava, pomposa sentindo-se a dona do lago
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No centro do auditório, a justiça permanece sentada e vendada, enquanto o apresentador aponta para um político corrupto, depois para um ladr...
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