Num sopro
se vai a vida
mariposa
no párabrisa
2011 - 2º lugar no Concurso Poeme-se! de Poesia no Twitter - Sobracapa Literal - RJ;
Publicada no periódico virtual Sobracapa Literal
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
29 de janeiro de 2010
28 de janeiro de 2010
Geração avestruz
Devoram
mas não digerem
referências universais
vomitam obras cruas
e as chamam viscerais
mas não digerem
referências universais
vomitam obras cruas
e as chamam viscerais
27 de janeiro de 2010
26 de janeiro de 2010
25 de janeiro de 2010
Poesia pirata
Troca-se a matéria prima
em lugar de metáforas e rimas
meras comparações
e métricas desritmadas
em lugar de metáforas e rimas
meras comparações
e métricas desritmadas
22 de janeiro de 2010
21 de janeiro de 2010
Tortura
A língua seca pendia para fora da boca. Arfando, ele olhava em volta, procurando por um mísero gole de água que fosse.
Ao encontrar uma poça suja, resquício da última chuva, sem pensar duas vezes, prostrou-se para ao menos molhar os lábios. Mas, antes que pudesse alcançá-la, foi impedido:
- Toby, não! - após a fisgada, reduziu o alcance da coleira e continuou falando com a moça da padaria - Ele adora passear, fica de língua de fora, todo feliz!
Ao encontrar uma poça suja, resquício da última chuva, sem pensar duas vezes, prostrou-se para ao menos molhar os lábios. Mas, antes que pudesse alcançá-la, foi impedido:
- Toby, não! - após a fisgada, reduziu o alcance da coleira e continuou falando com a moça da padaria - Ele adora passear, fica de língua de fora, todo feliz!
20 de janeiro de 2010
19 de janeiro de 2010
18 de janeiro de 2010
15 de janeiro de 2010
Debaixo da lona
Toda noite a trapezista, que dispensava apresentações e redes de segurança, passava pelo circo de mãos em mãos. E o marido, o palhaço, de nada desconfiava
No dia em que ele chegou ao picadeiro mais cedo, momentos antes dela passar por mãos alheias, ela desconcentrou-se, envergonhada, e, por instinto, recolheu os braços
No dia em que ele chegou ao picadeiro mais cedo, momentos antes dela passar por mãos alheias, ela desconcentrou-se, envergonhada, e, por instinto, recolheu os braços
14 de janeiro de 2010
Alice na cidade maravilhosa
Estava perdida naquele lugar repleto de gente maluca
De uma hora para outra, diante das construções e do caos, sentia-se excessivamente pequena
No entanto, em outros momentos, observando as sutilezas humanas e da natureza, sentia-se parte daquela coisa enorme que não conseguia definir com nome algum
2012 - 2º lugar no I Concurso Literário da Uniso - Curso de Letras da Uniso - Sorocaba - SP
De uma hora para outra, diante das construções e do caos, sentia-se excessivamente pequena
No entanto, em outros momentos, observando as sutilezas humanas e da natureza, sentia-se parte daquela coisa enorme que não conseguia definir com nome algum
2012 - 2º lugar no I Concurso Literário da Uniso - Curso de Letras da Uniso - Sorocaba - SP
13 de janeiro de 2010
12 de janeiro de 2010
Rio sem pé nem cabeça
Entre os vales e morros, é profundo e não dá pé
Enquanto na beira-mar, é raso e não dá cabeça
Enquanto na beira-mar, é raso e não dá cabeça
11 de janeiro de 2010
Rio que me leva
A correnteza carrega os que se deixam levar, boiando maravilhados
Enquanto os que resistem, apavorados, são engolidos pela cidade
Enquanto os que resistem, apavorados, são engolidos pela cidade
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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Tal qual a nata que era como se julgava ela não se misturava Com ares um tanto blasé apenas flutuava, pomposa sentindo-se a dona do lago
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No centro do auditório, a justiça permanece sentada e vendada, enquanto o apresentador aponta para um político corrupto, depois para um ladr...