- Preciso que você me conte como é que você fez para resolver aquele rolo da clonagem.
- E que rolo! Deu um trabalhão...
- Sério?
- Sério. Demorou meses até resolver tudo.
- Putz!
- Não me diga que também aconteceu com você?
- Aconteceu.
- Que lástima...
- Mas então, como foi que aconteceu?
- Foi assim, nós viajamos para São Paulo e um ano depois chegou a intimação para ele comparecer ao tribunal. Quando chegamos lá, havia um processo correndo e exigindo um monte de dinheiro.
- Mas e daí?
- Daí que na época não era um golpe conhecido. Foi um dos primeiros. Tivemos que chamar vários especialistas para provar que tinha sido clonado. Foi um sufoco. tivemos sorte de poder contar com o apoio dos maiores especialistas. E ainda mais sorte por terem encontrado o sujeito que foi obrigado a fazer o serviço. Ele entregou os culpados.
- Espero que a gente dê sorte.
- Agora é mais fácil. Já não é todo mundo que cai no papo destes golpistas. E, além disso, é bem mais fácil provar a clonagem.
- Tomara.
- Tem idéia de onde foi?
- Acho que sim. Fiz as contas e acho que clonaram o meu quando viajamos para o nordeste com escala no Rio.
- Aeroporto é um perigo. Tem que ficar atenta a cada fio de cabelo. Senão, depois, aquele safado tem um filho com alguma vagabundinha e vem falar que é o golpe do clone de novo!
As duas caíram em gargalhadas.
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
12 de dezembro de 2007
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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Tal qual a nata que era como se julgava ela não se misturava Com ares um tanto blasé apenas flutuava, pomposa sentindo-se a dona do lago
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No centro do auditório, a justiça permanece sentada e vendada, enquanto o apresentador aponta para um político corrupto, depois para um ladr...
Um comentário:
pô.. mto legal seus textos, principalmente O Golpe do Século.. divertido...
abraço de um velho amigo da ordem Anura, família Bufonidae.
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