Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
31 de março de 2007
Pouco espontânea
Estava visivelmente desconfortável, com a respiração travada, assim como o sorriso. Na impossibilidade de cobrir o rosto com as mãos parecia cobrir timidamente os dentes com os lábios. As articulações pareciam ter sido reduzidas apenas ao pescoço e à cintura, ainda que ambas tivessem seus movimentos semelhantes aos de engrenagens enferrujadas, indo aos trancos. Além disso, a expressão nos olhos era de quem estava prestes a despencar em um barranco. Mas então, aos trancos e barrancos, ele tirou a foto. E ela finalmente pôde sorrir.
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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O isqueiro acende a chama Ilumina o olhar Mas fica na vontade Nem ao menos chega perto Do calor da boca
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Saiu de casa cedo, com um caderno velho nas mãos, revisando os últimos detalhes. Na mochila: uma garrafa de água, duas barras de chocolate e...
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