Eu não acredito...
Justo ela, igualzinho ao meu! Não acredito...
O safado me garantiu exclusividade, só eu teria um assim, e agora... essa vagabunda!
Isso é coisa dele sim, tenho certeza! De longe dá para notar... aquele canalha!
Calma o cacete! Os fotógrafos todos lá, em cima dela... Com que cara você quer que eu fique?
Isso não vai ficar barato não... Mas não vai mesmo!
Ah, só o que me faltava: ela está vindo para cá, a descarada...
Ainda vem sorrindo, a cadela, só para se mostrar! Vou dar um tapa na cara dela!
Me segura, hein? Eu não me responsabilizo...
Oi, querida! Como você está linda...
Ah, deixa eu ver se adivinho... o cabelo, não é?
Hummm... desisto!
Ah, sim... o nariz, é claro... como eu não reparei?
E com quem que você fez?
Ah, ele é ótimo, dizem que é um dos melhores!
Meus parabéns... você ficou... deslumbrante!
Não falei? Não falei?
Amanhã mesmo eu ligo praquele canalha...
Me garantiu que eu seria a única com o nariz da Paris - e cobrou bem caro por isso...
De que adianta agora, se qualquer vagabunda tem igual?
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
16 de setembro de 2011
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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Tal qual a nata que era como se julgava ela não se misturava Com ares um tanto blasé apenas flutuava, pomposa sentindo-se a dona do lago
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No centro do auditório, a justiça permanece sentada e vendada, enquanto o apresentador aponta para um político corrupto, depois para um ladr...
Um comentário:
plásticas feições
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