Nos campos
o vento assobia
Mas entre os vãos
do concreto
o vento grita
- de agonia
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
25 de fevereiro de 2014
4 de fevereiro de 2014
Devaneios
Eu ainda era muito pequeno, mas já sabia que eles circulavam por aí, ao nosso redor, ainda que invisíveis.
A princípio, contentava-me em tentar alcançá-los nos raros momentos em que se revelavam, mas, com o tempo, descobri uma maneira de deixá-los expostos: bastava cobrir-lhes de água.
E foi então que comecei, fizesse chuva ou sol, a partir em audaciosas expedições, munido de uma mochila com ferramentas (tesoura, cola e grampeador), kit de primeiros socorros (band-aid e merthiolate), um borrifador, um pequeno carretel de barbante e imensas expectativas. Bem equipado, eu seguia para a beirada do lago e preparava engenhosas armadilhas e traquitanas, cada vez mais enroladas e confusas.
Nunca consegui capturar nenhum, nem chegava perto disso; Mas sempre voltei para casa repleto de histórias para contar, radiante, e com os passos firmes e a postura altiva de um grande caçador de arco-íris.
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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Tal qual a nata que era como se julgava ela não se misturava Com ares um tanto blasé apenas flutuava, pomposa sentindo-se a dona do lago
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No centro do auditório, a justiça permanece sentada e vendada, enquanto o apresentador aponta para um político corrupto, depois para um ladr...