O tilintar do desespero
um chocalho de moedas
tremulando nas coxas do cego
Exercícios literários e outras peças mal acabadas que não são adequadas para o comércio como produtos culturais.
27 de abril de 2011
19 de abril de 2011
Birra
De braços cruzados
não dão qualquer espaço
Deixam chorar e gritar
espernear em plena rua
Até que uma hora cansa
e cala-se
após último suspiro
a pirraça da ambulância
não dão qualquer espaço
Deixam chorar e gritar
espernear em plena rua
Até que uma hora cansa
e cala-se
após último suspiro
a pirraça da ambulância
13 de abril de 2011
Vertigem
As pessoas vão passando devagar, algumas até chegam a parar
Diante de tragédias e acidentes, sentem-se atraídas. E seguem todas o mesmo protocolo: dissimuladas condolências e tentativas frustradas de disfarçar a curiosidade; Como se entrassem em velório de estranho, apenas para espiar, da beirada do ataúde, o corpo inerte
8 de abril de 2011
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O triste retrato da cidade enlouquecida a ambulância detida no descaso do tráfego
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Tal qual a nata que era como se julgava ela não se misturava Com ares um tanto blasé apenas flutuava, pomposa sentindo-se a dona do lago
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No centro do auditório, a justiça permanece sentada e vendada, enquanto o apresentador aponta para um político corrupto, depois para um ladr...